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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Eu mergulhei...

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Eu mergulhei e perdi o ar. Minhas pernas e minhas mãos não mais me obedeceram quando tentei me salvar. Afundei e afundei, mas depois de um tempo recuperei os sentidos e consegui voltar à superfície. Era tarde. Já havia engolido água demais. Tossi e cuspi água salgada, mas estava viva. O sol me saudou, me disse olá, enquanto eu fracamente lhe sorri. Chorei e minhas lágrimas se misturaram àquelas águas que me cercavam. Porém, o sol continuou a brilhar, arrisco dizendo que brilhava cada vez mais. Entendi, e me banhei de luz. Tentei boiar, fechando os olhos e sentindo aquela brisa tocar minha pele. Desfrutei daquela paz por um momento, então o mar se agitou. As ondas me invadiram e eu não sabia mais quem eu era e o que estava fazendo ali. Tentei respirar, mas a água salgada queimou minha garganta. Meus pulmões arderam, comecei a perder os sentidos. Meus olhos se abriram inconscientemente e tudo que consegui enchergar foi a escuridão. A ausência de luz que eu sabia que vinha de dentro de mim. Fui mergulhando cada vez mais fundo, me perdendo no meio daquele oceano... Então desfaleci. Me juntei para sempre com aquelas águas escuras. Era o meu preço, eu o estava pagando. Me afoguei.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Amar

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Eu não sei como me sinto com relação ao amor. Já faz muito tempo desde a última vez que me apaixonei e quem me conhece bem, sabe que estou sempre apaixonada, nem que seja platonicamente. Eu costumo ficar mais feliz quando apaixonada, costumo sorrir para o vento em manhãs geladas de segunda-feira... Mas agora estou tão tranquila que sinto como se faltasse uma pequena parte de mim. Onde está aquela garota que arrisca, a garota que sonha...? Talvez seja apenas uma proteção, uma coisa que o meu erro me ensinou. Há muitos candidatos a príncipe por aí, mas nenhum me prende por mais que algumas horas. Eu não vou dormir, nem acordo, pensando em nenhum deles. Mas talvez isso seja uma coisa boa, pois costumo ser tão boba e frágil quando apaixonada... Mas Deus tem uma hora para tudo, não é? Então talvez não seja a minha hora para isso. Agora, chegou a minha hora de crescer independentemente e como pessoa. Perdi o medo de falar com pessoas, sou uma filha mais responsável e mais dedicada, comecei a adquirir certa liberdade, passei a possuir valores verdadeiros e tenho mais confiança em mim mesma. Estou, também, com um pé na maioridade, o que significa encarar as responsabilidades com mais vontade, significa crescer, significa provar o valor que eu tenho... E isso me torna forte. Vou me esforçar para fazer a minha faculdade, vou correr atrás do meu emprego fixo... Será mesmo que teria tempo para amar? Mas é lógico que se tratando de emoções, eu sempre dou o meu jeito. Me refiro ao fato de que eu talvez não tenha cabeça para engatar num relacionamento. Além do mais eu tenho meus amigos, ou o que que sejam essas pessoas que eu tanto amo. Então, talvez seja apenas a minha vontade de amar, eu realmente não preciso disso no momento. Estou bem, estou feliz, estou crescendo, tenho ao meu lado gente que me ama - e que eu amo igualmente. É suficiente.

terça-feira, 15 de maio de 2012

O Poder da Mente

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Um das maiores habilidades da mente, é ser traiçoeira. Ela não tem comando, ela pensa por conta própria. Por vezes isso pode ser ruim. Sem uma certa malícia, a mente pode controlar todos os seus atos.
Me pego pensando no que fiz de mais errado nesta vida. Naquela época eu achava que agindo daquela forma eu estava sendo forte e nem de longe tão vulnerável quano um dia fora. Então, agora eu percebo o quão tola eu fui. Eu jurei tanto possuir alguns valores e na primeira queda que levei, eu joguei todos esses valores para o alto. Tinha de fazer uma escolha e escolhi ficar sozinha, apenas por medo de encarar a verdade, por medo de pedir perdão, por medo de ser fraca e vulnerável novamente. Quanto engano.
Mas uma sábia garota um dia me disse que o que define quem realmente nós somos, são as atitudes que tomamos depois de errarmos. Nessas palavras eu confiei, porque vi que a garota tinha razão, como sempre teve. Minha consciência anda um pouco mais tranquila agora, porque estou vendo o mar de coisas boas que está vindo. As ondas desse mar, me batem na cintura e acredito que não preciso mergulhar ainda mais fundo. Está tudo bem, meu corpo está flutuando sobre a água. E o mais importante, foram as palavras daquela garota que me acalmaram.
Enquanto eu fecho os olhos, a minha mente descansa e por algum tempo sei que estarei segura, pois meus pensamentos agora se ocupam com melhores objetivos, com melhores sentimentos e a nuvem de culpa se tornou bem mais leve ao meu caminhar.

sábado, 12 de maio de 2012

A retórica "tudo bem?"

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Palavras, se ditas com um pouco de verdade, podem, entre muitas coisas, estancar o sangue de várias feridas. Um exemplo disso é o "tudo bem?", que hoje em dia é tratado apenas como uma pergunta retórica. Para alguns corações com buraquinhos, perguntar se está tudo bem é sinal de respeito, cuidado e carinho, além de que, mostra também que a pessoa que pergunta se importa em saber se você está bem.
Porém, o "tudo bem?" é tão desvalorizado, que até o caixa do supermercado te pergunta. Outro dia eu estava trabalhando (trabalho com vendas) e eu saudei a cliente com um "boa tarde" e ela respondeu um "tudo bem?". Eu apenas sorri, me perguntando se deveria tomar aquela pergunta pelo verdadeiro sentido. E se eu respondesse "não, minhas costas estão doendo, estou precisando e dinheiro e estou preocupada com a prova que irei fazer amanhã"? O que ela diria? "Sinto muito"? Não, ela nem me conhece, como diria isso? Soaria tão falso.
Então cheguei a uma conclusão clichê: As pessoas fazem mal uso das palavras e expressões. "Eu te amo" virou bom dia, "eu me importo" virou brincadeira e "tudo bem?" virou saudação entre estranhos. Eu diria que está na hora de repensar muitas atitudes, mas estou sozinha nessa. Como diz o ditado, uma andorinha não faz verão. As outras aves estão morando no inverno, se banhando de falsos valores e mentiras, se alimentando do que a vida lhes oferece sem vontade de mudar o cardápio.
Mas é claro, eu não sou ninguém para me preocupar em salvar o mundo sozinha. Então, quando me perguntarem "tudo bem?" eu apenas sorrirei e responderei "sim", sem perguntar se volta, por que afinal, a pessi também responderia que sim. Isto é apenas uma regra que inventaram, que é tratada omo educação. Fazer o quê?

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Um possível adeus

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Quem bem sabe o que faz da vida, não deixa um amigo ir embora por falta de cuidado. Mas é isso que você está fazendo. Detesto dizer, porém me enganei ao achar que você seria diferente. Eu primeiro procurei conhecer o seu coração, para depois tentar conquistar sua amizade. Sabe, o seu coração é bem parecido com o meu, ou assim pensei que fosse. Percebi que amigo para você, é aquele que tem liberdade para te acompanhr nas horas de lazer e não aqueles que sempre se fazem presentes quando você precisa de alguém para te ouvir. Eu sinto lhe dizer, mas não posso mais ser a garota boba, o pneu de escape e a amiga que faz drama. Eu valho muito mais que isso e embora precise da sua presença, eu preciso mais de algo verdadeiro. Não se preocupe, não vou esquecer os empurrões que me deu nos meus momentos de desespero. Era bom poder contar com você e é realmente uma pena que para você não seja suficiente contar comigo. Já tive a impressão que sou apenas passageira na sua vida e eu procuro um lar que possa me abrigar por muito tempo. Então, eu tenho que partir. Sim, me perdoe, mas você fez a sua escolha e eu estou bem longe dela. Temos quase a mesma idade em anos, mas a vida ainda lhe deve algumas experiências pelas quais eu já passei, já aprendi e com elas, amadureci. Então, talvez você saiba dar valor as coisas certas quando você amadurecer, mas eu já estarei bem longe. Eu costumo dar uma, duas, três chances. Eu costumo tentar até conseguir o que quero, mas você não me deixou nenhuma brecha e agora eu sinto lhe dizer que as minhas forças se esgtaram. Espero que você faça o que é certo para sua vida e que seja feliz. Que Deus cuide de você por mim.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O amor

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Ah! O amor... Nos faz sentir tão vivos, não é mesmo? Amor não é nem necessidade mais, já virou rotina. Entenda, não estou falando de amor carnal - entre homem e mulher, ou até mesmo homoafetivo -, estou falando de amor, simplesmente. Vai me dizer que você não ama a sua família, por pior que ela seja? Vai me dizer que você não ama o Senhor Jesus Cristo? - se você não for ateu, é claro. Vai me dizer que você não ama os seus amigos? Aliás, eu acho a amizade a forma mais bela e pura de amor. Muitas vezes é melhor amar um amigo, do que amar aquele gatinho que nem dá bola pra você. Mas o que eu quero dizer, é que todos nós já amamos um dia. As primeiras palavras que minha sobrinha mais nova aprendeu a falar foram ''te amo''. A gente já nasce amando. E o amor é lindo! Não precisa ter essa história de medo... Depois que você ama, já era! Você é outra pessoa. O amor transforma a gente. E o amor cura. Qualquer tipo de amor cura. Não me canso de falar, mas foi o amor que o Divino Mestre veio trazer, então apenas ame. Ame seu pai, sua mãe, seus irmãos, seus amigos, seu namorado, seu cantor favorito, o motorista do ônibus e até  mendingo. Sim, estou falando sério. Não estou mandando você beijar o mendingo, estou pedindo para você tratá-lo bem. Amor é tratar bem, com humildade, sabia? Mas antes de amar qualquer coisa, ame a si mesmo e Aquele que nos ensinou o que é amor.
Ps: Pare de culpar o amor por tudo. Pare de dizer que amar é ruim e estar amando alguém é sinônimo de suicídio. O amor puro e simples é a melhor coisa que existe, tem o dom de curar. Mas para pessoas que não sabem amar, é lógico que amor irá trazer coisas ruins: ciúme, mágoa, inveja, desespero, solidão... Mas esses sentimentos não são amor! Então reflita antes de dizer qualquer coisa ruim sobre amor ok? Se amar fosse tão ruim assim, não haveria tanta gente amando.