Palavras, se ditas com um pouco de verdade, podem, entre muitas coisas, estancar o sangue de várias feridas. Um exemplo disso é o "tudo bem?", que hoje em dia é tratado apenas como uma pergunta retórica. Para alguns corações com buraquinhos, perguntar se está tudo bem é sinal de respeito, cuidado e carinho, além de que, mostra também que a pessoa que pergunta se importa em saber se você está bem.
Porém, o "tudo bem?" é tão desvalorizado, que até o caixa do supermercado te pergunta. Outro dia eu estava trabalhando (trabalho com vendas) e eu saudei a cliente com um "boa tarde" e ela respondeu um "tudo bem?". Eu apenas sorri, me perguntando se deveria tomar aquela pergunta pelo verdadeiro sentido. E se eu respondesse "não, minhas costas estão doendo, estou precisando e dinheiro e estou preocupada com a prova que irei fazer amanhã"? O que ela diria? "Sinto muito"? Não, ela nem me conhece, como diria isso? Soaria tão falso.
Então cheguei a uma conclusão clichê: As pessoas fazem mal uso das palavras e expressões. "Eu te amo" virou bom dia, "eu me importo" virou brincadeira e "tudo bem?" virou saudação entre estranhos. Eu diria que está na hora de repensar muitas atitudes, mas estou sozinha nessa. Como diz o ditado, uma andorinha não faz verão. As outras aves estão morando no inverno, se banhando de falsos valores e mentiras, se alimentando do que a vida lhes oferece sem vontade de mudar o cardápio.
Mas é claro, eu não sou ninguém para me preocupar em salvar o mundo sozinha. Então, quando me perguntarem "tudo bem?" eu apenas sorrirei e responderei "sim", sem perguntar se volta, por que afinal, a pessi também responderia que sim. Isto é apenas uma regra que inventaram, que é tratada omo educação. Fazer o quê?
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