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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Um novo dia nascerá


Minha mente entrou em conflito. Eu pensei que havia deixado tudo para trás, mas como, se por lá eu só passei e segui em frente? Eu deveria ter entrado, sentado, tomado um café... Deveria ter usufruído da serventia que estavam me oferencendo. É, disseram que o café era amargo, mas mesmo assim eu deveria ter tomado. Mas preferi agradecer e ir em busca do açúçar, mas é claro que primeiro encontrei o sal. Agora me vejo sendo obrigada a refazer aqueles passos. A viagem de volta é mais longa e eu preciso de mais tempo para me preparar. Na verdade, estou quase pronta. Sempre alerta, igual escoteira. Mas vou ter calma, ter paciência... Não sou só eu que preciso aprender como digerir essas informações, dê tempo ao tempo. Primeiro, vou acalmar a minha mente e ir em busca da minha felicidade. Prometi que não choraria mais, que tiraria meus sorrisos da ajuda que jurei conceder. Com tantos fatores externos me envolvendo, a minha ajuda terá de esperar, mas quando tudo se resolver eu vou estar aqui radiante como o sol que nasce. Eu vou sorrir para cada criança, vou cantar para cada enfermo e da minha boca sairão as palavras que têm o poder de curar. Por isso a espera. O medo já não me domina, só acho que agora não é a hora. Tenho que me resolver, acalmar minha mente, me entregar de corpo e alma para o bem maior. O perdão está pendente, mas na busca por respostas tudo irá se resolver. Devo afeto, devo amor... Por Deus, devo tanta coisa! Mas sou um pequeno sol e minha hora de brilhar está chegando de novo. O eclipse está se acabando, ou será que está apenas começando? De uma forma ou de outra, a noite não durará para sempre. Um novo dia irá nascer.
Jurei que aquela sensação era maligna, mas tomei consciência de que não era. Tudo que Deus cria, por mais mal que faça, é bom, te serve para alguma coisa. Havia o que eu denomino magia, que agora eu sei que não é mais. Havia o que eu chamo de elétrica, que acabou-se a carga. Havia loucura, é claro que havia. Mas cada sofrimento por qual passamos, tem que ser sentido. Percebo agora que nada adiantou ter me colocado dentro de um casulo para virar borboleta, já disse que não sou. Eu deveria ter vivido a minha fase de largata, mas precipitada, me atirei do precipício na intenção de voar. Tarde demais. Estou tão longe, milhas distante do que tinha para aprender. Vale a pena mesmo colocar a mochila nas costas, fazer um pedido e voltar a ser uma largata? Não, eu tenho asas. Não vou regredir, vou apenas refletir no que causou minhas ações e de um dialógo simples, vou assinar meu ponto. Mais uma missão cumprida. Já vivi muita coisa para poucos anos de idade e minha bagagem está cheia, cheia de experiências. Porém eu deixei cair uma delas, preciso voltar lá atrás e buscá-la, porque é por isso que eu não sou mais a mesma de antes. É por isso que os meus sentimentos mudaram, deixaram de existir. Por isso tudo acontece e nada me atinge. Por isso a falsa felicidade. Por isso o vazio dentro de mim. Por isso a sensação de estar oca, porque me falta o que me havia de mais importante e que consegui perder: minha capacidade de amar. Porém não temo, me repetiram várias vezes e agora as palavras se tatuaram na minha mente: um novo dia nascerá.

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