domingo, 25 de março de 2012
Uma longa corrida
Eu sinto um vazio enorme dentro de mim. Nunca pensei que retornaria ao lugar em que estava antes de você aparecer aqui. Eu sinto a mesma dor latejante na cabeça. O meu estômago voltou a rejeitar a comida e a doer sem motivo. E eu voltei a ter pesadelos à noite, para acordar com o coração aos saltos e os pulmões sem ar. Estes são os sintomas que me fazem companhia quando eu estou sozinha. Já fazia algum tempo que eu não me sentia assim, tão frágil. Ao contrário, eu me sentia forte, talvez até poderosa, pois eu possuia o mais precioso dos tesouros. Mas eu não sabia andar com as próprias pernas. Eu dependia de ti. Mas, não sei, talvez eu tivesse de aprender a caminhar sozinha. E então eu tropecei e caí. Fiquei ali, estirada no chão, enquanto você continuava a sua caminhada. Os meus pulmões estão cansados, mas eu me levantei e passei a correr, só para tentar te alcançar e agarrar sua mão, que me dava tanto apoio. Você está tão longe. Por mais que eu corra, você ainda está distante. Eu tropeço, às vezes, ainda não sei correr direito. Mas sei me levantar. Continuo correndo, sonhando com algum dia te alcançar. Vejo você à minha frente, estou a poucos metros de onde está. Estou quase lá. Vou estender a minha mão e me apoiar em você para sempre. E não vou mais sentir o mal estar chamado solidão. Chega de pesadelos, chega de dor no estômago e na cabeça. Porque além de meu apoio, você é minha cura.
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