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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O adeus de um jovem guerreira



Então é isso. Acabou. A história chegou ao fim. A guerra sequer começou, mas eu, querreira, deixei cair minha espada. Não vou mais lutar, nem me preparar para a batalha. Forgive-me, my Queen. I can't fight anymore. Não posso seguir o caminho que você escolheu para nós. Devo confiar nos meus olhos, temo que seja mais uma ilusão. E é. Por que seria diferente? É tudo igual, inclusive os meus passos. Me perdoe por não acreditar e não ouvir meu coração. Ele por muitas vezes esteve errado e eu não quero perder minhas forças novamente. Eu não irei à luta, vou deixar que ela venha até mim. Mas a luta deverá me impressionar, não somente me assustar. Eu devo ser derrotada, quero minha própria cabeça como troféu. Não tenho forças para mais um passo, a esperança me deixou.
O que eu era mesmo antes de ser guerreira? Qual era mesmo a sensação de pisar descalça nos campos esverdeados? Qual era a temperatura da água? Eu me recordo dos meus longos vestidos esvoaçando junto com a capa, a tiara de véu que me cobria o rosto... Havia fogo, um fogo real. Jovens garotas dançando ao redor da enorme fogueira, esvoaçando vestidos e esperando pela volta dos nobres guerreiros.
Mas acabou. Me arrancaram o véu, o fogo e a dança. Me deram a armadura e a espada. Me arrancaram do lar, me colocaram num mundo desconhecido e me puseram na batalha. Mas começo a me lembrar... Fui eu quem quis partir. Fui eu quem aceitou o título de guerreira. Eu pedi pelo título. Eu peguei a espada. Eu lutei! E sobrevivi. Mas não tenho mais forças, eu gastei todas elas em batalhas que não eram minhas. And now I give up. I'm giving in. Me perdoe, Amada Rainha. Meu caminho será de paz agora. Paz, sem o elemento essencial.
No mais, obrigada por depositar suas esperanças em mim. Nobres guerreiras honrarão sua coroa na Era que se inicia.

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