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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Vida de operário: a exploração da realidade

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Estão enchendo o balão. A cada dia ele fica maior. Não sou do tipo que deixa o estresse correr pelo sangue - exceto, é claro, em dois ou três dias durante o mês. Mas dessa vez, o estresse não veio sem motivo, tanto é verdade que o balão não explodiu, só continua se enchendo, enchendo... Não sei até que ponto minha paciência vai. O ambiente que antes me parecia acolhedor, hoje me causa mal estar. Meu corpo precisa de descanço. De nada me adianta a bem-recebida exautão mental, com minhas tarefas e deveres universitários. Um abiente que me cobra, mas que me dá retorno, é onde eu me sinto verdadeiramente bem. Mas fora dos estudos, minha busca por sucesso não me acolhe. É tudo tão cansativo! E não posso renunciar, não devo renunciar... Eu mesma enfiei meus braços nas algemas e não posso ao menos sonhar em andar por um lugar distante, longe do estresse exploratório. Em Vida de Operário, o lucro é do patrão, semana (fim de semana) é do patrão, ganância é do patrão...
Se eu ao menos podesse ligar uma lâmpada dentro da minha mente e mandar embora todas as sombras que me causam mal-humor... Tanto me culpo por esse mal-humor mal disfarçado que isso reflete em tristeza e em desânimo, como se fosse errado pedir por um pouco de férias. Tudo que eu queria era um tempo para respirar. Cinco dias longe da exploração, num lugar calmo e com bastante verde. Num lugar onde a brisa tocasse meus cabelos e a água banhasse meus pés. Um lugar bonito, que me rendesse belas fotografias, que eu pudesse explorar a arte marginal, que me libertasse do pessimismo.
E então, eu passaria mais um ano na exploração da realidade.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Renascer

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Pouco a pouco, fui perdendo minha essência, deixando tudo o que eu era para trás. Sábio foi quem disse que as experiências nos transformam. Tudo de bom e de ruim foi saindo de dentro de mim e cheguei num ponto que nem eu me reconhecia mais. Esse ponto foi onde morri. Sim, morri. Por longos cinco meses, eu estava morta, mantendo meu coração batendo devagar apenas porque eu ainda respirava. Estava vazia, oca e sem sentido. Não conseguia sentir nada, não conseguia me tornar nada.
Então, eis que pegaram um pincel e coloriram minha alma. Renasci. Não da união entre meus pais, mas da explosão de cores quentes. Olho para trás e vejo como eu era quando comecei a entender que era gente. Hoje, sou exatamente igual ao que era nesse início. Tenho os mesmos medos, as mesmas inseguranças, as mesmas preocupações bobas de dez anos atrás. Nascer de novo é bom, em determinadas situações, ainda mais porque meu sono não durou muito tempo e eu consigo compreender e lembrar do que fiz, quais foram os meus erros... Agora tenho oportunidade de fazer diferente e ser alguém melhor, não para os outros, e sim para mim.
Percebo que minha timidez de hoje não é consequência dos fatos, mas sim um reflexo da minha timidez anterior. As sensações onduladas são um reflexo das sensações que não me permiti sentir. Talvez porque seja a hora cera, ou porque a hora certa está chegando. Só sei que as coisas estão melhorando porque eu passei a acreditar em mim e confiar que tudo acontece por uma razão.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Quadrinhos: Fábio Moon e Gabriel Bá

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Esse quadrinho que você acabou de ler, são dos quadrinhistas brasileiros Fábio Moon e Gabriel Bá (adoro os sobrenomes dos dois). Eles têm um blog, o 10paezinhos, onde você pode conferir um pouco mais sobre o trabalho deles. Para dar um gostinho, segue um resuminho (retirado do próprio blog deles) sobre os dois:
Ao meu ver, os quadrinhos de Moon e Bá são muito inteligentes. São meus quadrinhistas preferidos. Eles exploram problemas e situações cotidianas com um humor inteligente e sempre buscando exatamente isso: a inteligência. Os quadrinhos, por muitas vezes, buscam uma compreensão dentro do leitor, e não dentro do quadrinho. Eles te forçam a raciocinar e pensar sobre o conteúdo do quadrinho. Isso me fascina.
Como dizia Mário Quintana: "O melhor poema não é aquele que a gente lê, mas aquele que nos dá a sensação de que lê a gente." No caso dos quadrinhos, o melhor é aquele que nos lê! É essa a sensação que tenho quando leio os quadrinhos de Moon e Bá, de alguma forma, eles sempre sabem tudo aquilo que está dentro de mim.
Essa tirinha, por exemplo, me lembrei da minha própria infância ao ler. Quando eu tinha uns 9 ou 10 anos, ganhei um livro de presente de aniversário. Eu já tinha o hábito de ler bem antes disso, cresci rodeada de livros. Mas este que ganhei, foi o primeiro livro infanto-juvenil que eu li que estimulou minha inteligência, minha sabedoria e minha forma de ver o mundo, além de me permitir fazer uma longa viagem sem sair do lugar. Não eram apenas gravuras com uma historinha boba, era O Pequeno Príncipe. Guardo esse livro com todo carinho até hoje, inclusive recomendo que quem ainda não leu, leia, pois é um dos melhores livros que eu já tive a oportunidade de ler. Viajar pela galáxia, explorando planetas desconhecidos e por vezes despovoados, só livros são capazes de fazer.
É incrível o quanto damos saltos na vida, quando se trata do nosso sucesso profissional, ou algo relacionado a isso. Mas muitas pessoas, em relacionamentos, são retraídas e por vezes não tem coragem de "saltar".
Nesse último quadrinho, o que me chamou a atenção, não foi a fala do peixe, mas sim a penúltima fala, onde o personagem revela o seu medo dos amigos acharem que ele "os esqueceu". Realidade minha, prefiro ser esquecida do que passar a impressão de que esqueci de alguém.

Entretanto, meu quadrinho preferido é o próximo, e último. Quantas coisas deixo de fazer porque tenho uma  "prévia" de como seria, na minha cabeça! Haha. Por vezes despediço ótimas oportunidades e deixo a timidez falar mais alto.

Bom, é isso. Depois de uma semana cheia de provas e capítulos para estudar, trabalho cotidiano, trabalho voluntário e doação se sangue, nada melhor que um pouco de humor inteligente de Moon e Bá. Espero que tenham gostado e me desculpem pela imensa quantidade de quadrinhos, é que eu não sabia qual colocar, portanto coloquei os meus preferidos. Até a próxima!






sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Rotina de sonhos

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O tempo corre e o que parecia ser dia já é mês. Meu coração pede por um pouco de sossego, minha mente quer arrego, minhas mãos já não tremem de medo e eu, eu sou um conjunto de tudo. Eu quero a eletricidade correndo no meu sangue novamente. Onde estão as borboletas? Meu estômago está se sentindo vazio sem elas por aqui… Cadê o brilho no olhar? Onde estão os comentários divertidos dos meus amigos? Onde estão meus amigos? Onde estou eu? Me perdi e espero que alguém me ache. Sigo um caminho, algo que lá atrás me disseram que era a direção correta. Mas ninguém caminha ao meu lado, minhas mãos procuram por dedos macios e nada encontram. Mas eu sei que a espera e a persistência um dia valem a pena. Mas eu queria, ah se eu queria, apenas braços quentes e firmes para me segurarem quando eu ameaçar cair. Queria dedos gentis me fazendo cafuné após um longo dia. Queria um beijo suave de boa noite e a risada compartilhada. Queria a voz suave me sussurrando promessas, que eu sei que são em vão, mas que eu preciso ouvir. Queria que querer fosse poder, que a minha imaginação tivesse algum tipo de magia que fizesse a imagem estar na minha frente, em carne e osso. Eu não quero mais sonhar, quero viver, mas já que a vida não me traz tantas alegrias assim, eu sonho mais um pouco. Já ouvi dizer que você deve sonhar até se cansar, pois um dia o teu sonho te surpreende. Você sonha com o príncipe do cavalo branco, e ele vem de conversível preto, mas vem. E aí, eu sonho novamente com o príncipe, porque toda e qualquer celula do meu corpo necessita desse sonho, e meu coração, apenas por alguns instantes, bate sossegado.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

McFLY - Love Is Easy

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Olá! No post de hoje, eu queria compartilhar com vocês o novo vídeo de uma banda de pop rock que eu gosto, chamada McFLY. Não ando escutando muito ultimamente, mas eu gostei da música e ainda mais do clipe, pois este traz referência ao início da carreira da McFLY.


No início do vídeo, Tom Fletcher, um dos vocalistas, já aparece com seu Ukelele cor-de-rosa, super auto-confiante e se sentido o dono do local. Depois, aparece o anão de jardim, Dougie Poynter, se equilibrando na ponta dos pés para fazer as nuvens ficarem no alto do Fletcher, que continua a cantar e magicamente faz cair chua do seu Ukelele. Então aparace uma referência ao clipe de Room On The Third Floor (um dos meus preferidos, aliás), que é a caixinha com os mini-bonecos dos integrantes da banda.
Como se eles fossem os caras mais felizes do mundo, começam a cantar Danny Jones e Poynter, girando seu guarda-chuva. Então aparece Harry Judd com outro guarda-chuva, o guarda-chuva do Jones é picotado e destruído, e placas escritas "Love" e "Do" são seguradas por cada um. Eu me amarro na cara do Fletcher ao perceber que sua placa está de cabeça pra baixo, a vontade de rir dele é muito notável.
Jones ganha troféus, Poynter tira meleca do nariz, Judd seduz com seu jeito de tigrão e todos são muito felizes, assoviando e observando o Fletcher tocar seu Ukelele cor-de-rosa. Acho legal na letra da música quando diz "And the birds sing tweet, tweet, tweet..." e os pássaros da "platéia" dançam o shake shake da xuxa. Então começam a aparecer as referências às capas dos álbuns da banda. Na sequência: Room On The Third Floor, Wonderland, Motion In The Ocean, Radio: Active e Above The Noise. Então o Jones faz sua guitarra aparecer magicamente e começa a fazer cara de quem está tocando um solo muito complicado. Judd e Poynter enlouquecem no palco, incorporados com algum exu do mal, enquanto Jones toca para seu "pássaros-platéia-shake-shake-da-xuxa". Então Fletcher traz uma caixinha e eu não feço idéia do que é feito ali. A banda começa a tocar e Fletcher continua com seu Ukelele sem sentido, cantando o refrão que antes foi cantado pelo Jones, que divide o microfone com Poynter. Os "pássaros-platéia" vão ao palco e aí aparece a platéia de verdade, várias fãs segurando cartazes de amor à banda. Ao final do vídeo, a caixinha sem sentido mostra uma mensagem "For the fans", o que fez muitas fãs amolecerem o coração.

Enfim, depois desse lenga-lenga resumão do vídeo, gostaria de dizer que gostei. Os vídeos da McFLY geralmente são bem humorados, mas Love Is Easy foi o melhor até agora. Eles foram muito criativos, e ainda mais divertidos do que de costume.
Até a próxima e obrigada por ler!