quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Vida de operário: a exploração da realidade
Estão enchendo o balão. A cada dia ele fica maior. Não sou do tipo que deixa o estresse correr pelo sangue - exceto, é claro, em dois ou três dias durante o mês. Mas dessa vez, o estresse não veio sem motivo, tanto é verdade que o balão não explodiu, só continua se enchendo, enchendo... Não sei até que ponto minha paciência vai. O ambiente que antes me parecia acolhedor, hoje me causa mal estar. Meu corpo precisa de descanço. De nada me adianta a bem-recebida exautão mental, com minhas tarefas e deveres universitários. Um abiente que me cobra, mas que me dá retorno, é onde eu me sinto verdadeiramente bem. Mas fora dos estudos, minha busca por sucesso não me acolhe. É tudo tão cansativo! E não posso renunciar, não devo renunciar... Eu mesma enfiei meus braços nas algemas e não posso ao menos sonhar em andar por um lugar distante, longe do estresse exploratório. Em Vida de Operário, o lucro é do patrão, semana (fim de semana) é do patrão, ganância é do patrão...
Se eu ao menos podesse ligar uma lâmpada dentro da minha mente e mandar embora todas as sombras que me causam mal-humor... Tanto me culpo por esse mal-humor mal disfarçado que isso reflete em tristeza e em desânimo, como se fosse errado pedir por um pouco de férias. Tudo que eu queria era um tempo para respirar. Cinco dias longe da exploração, num lugar calmo e com bastante verde. Num lugar onde a brisa tocasse meus cabelos e a água banhasse meus pés. Um lugar bonito, que me rendesse belas fotografias, que eu pudesse explorar a arte marginal, que me libertasse do pessimismo.
E então, eu passaria mais um ano na exploração da realidade.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário