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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Rotina de sonhos

O tempo corre e o que parecia ser dia já é mês. Meu coração pede por um pouco de sossego, minha mente quer arrego, minhas mãos já não tremem de medo e eu, eu sou um conjunto de tudo. Eu quero a eletricidade correndo no meu sangue novamente. Onde estão as borboletas? Meu estômago está se sentindo vazio sem elas por aqui… Cadê o brilho no olhar? Onde estão os comentários divertidos dos meus amigos? Onde estão meus amigos? Onde estou eu? Me perdi e espero que alguém me ache. Sigo um caminho, algo que lá atrás me disseram que era a direção correta. Mas ninguém caminha ao meu lado, minhas mãos procuram por dedos macios e nada encontram. Mas eu sei que a espera e a persistência um dia valem a pena. Mas eu queria, ah se eu queria, apenas braços quentes e firmes para me segurarem quando eu ameaçar cair. Queria dedos gentis me fazendo cafuné após um longo dia. Queria um beijo suave de boa noite e a risada compartilhada. Queria a voz suave me sussurrando promessas, que eu sei que são em vão, mas que eu preciso ouvir. Queria que querer fosse poder, que a minha imaginação tivesse algum tipo de magia que fizesse a imagem estar na minha frente, em carne e osso. Eu não quero mais sonhar, quero viver, mas já que a vida não me traz tantas alegrias assim, eu sonho mais um pouco. Já ouvi dizer que você deve sonhar até se cansar, pois um dia o teu sonho te surpreende. Você sonha com o príncipe do cavalo branco, e ele vem de conversível preto, mas vem. E aí, eu sonho novamente com o príncipe, porque toda e qualquer celula do meu corpo necessita desse sonho, e meu coração, apenas por alguns instantes, bate sossegado.

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